sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Estágio Supervisionado

UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL – UAB - UFPB VIRTUAL
POLO DE APOIO PRESENCIAL DE POMBAL
“JÁRIO VIEIRA FEITOSA”
LICENCIATURA EM CIÊNCIAS NATURAIS


DISCIPLINA: ESTÁGIO SUPERVISIONADO II
PROFESSOR: ARISDÉLIA FONSECA FEITOSA
ALUNA: LEILANY CAMPOS BARRETO

O ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM CIÊNCIAS NATURAIS NA CONSTITUIÇÃO DO PROFESSOR PESQUISADOR E NA REFORMA DO PENSAMENTO

De que forma o Estágio Supervisionado contribui para qualificação da formação docente?
           “Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Esses que fazeres se encontram um no corpo do outro. Enquanto ensino continua buscando, reprocurando. Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para constatar, constatando, intervenho intervindo educo e me educo. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar ou anunciar a novidade”. (Freire, 1996, p. 14).

Sabemos que o professor tem que está apto a informar planejar ações metodológicas relacionar hipóteses, questionar a classe com segurança, trazer exemplos e organizar trabalhos de forma dinâmica para que possa contribuir para a formação intelectual do aluno.
No entanto o estagio supervisionado é um processo de aprendizagem continua e indispensável, porque está preparando pessoas para enfrentar os desafios de uma carreira profissional. Nesta disciplina os alunos têm a possibilidade de integrar teoria à prática, de modo a compreenderem  a complexidade das práticas institucionais e das ações ali praticadas. Mas para isso, o professor orientador deve planejar seu curso, juntamente com outros professores, de forma que a prática de ensino seja o eixo central das outras disciplinas, possibilitando a reflexão e a pesquisa.
Segundo Freitas & Villani (2002), “os licenciados são aprendizes que estão ativamente construindo visões sobre ensino e aprendizagem, baseadas nas experiências pessoais desenvolvidas durante o estágio” (p.224), e esses “saberes sobre o ensino dos futuros professores ganham significados efetivos, na medida em que se articulam ao seu fazer, sendo que, na formação inicial, o primeiro contato com esse “fazer” dá-se no desenvolvimento do estágio curricular” (p.229).
A partir desta perspectiva, o estágio se coloca como eixo articulador entre teoria e prática, já que os elementos da prática são trazidos pelos estágios e reelaborados nos cursos de formação docente, garantindo a produção de conhecimento nas áreas específicas da docência.
Para Piconez (2002, p.24), o reducionismo dos estágios às perspectivas da prática instrumental e do criticismo expõe os problemas na formação profissional docente. A dissociação entre teoria e prática aí presente resulta em um empobrecimento das práticas nas escolas, o que evidencia a necessidade de explicitar por que o estágio é teoria e prática (e não teoria ou prática) (PIMENT & LIMA, 2004, p.41).
Portanto, não se ensina só pelas respostas dadas, mas principalmente pelas experiências proporcionadas, pelos problemas criados, pela ação desencadeada, pois somente a prática viabiliza a reflexão sobre o ato, tornando-o intencional e consciente. É por meio desta relação entre teoria e prática que o profissional adquire a competência técnica, fundamental a práxis pedagógica.


Referencias:

FREIRE, Paulo. (1996). Pedagogia da Autonomia. Saberes necessários à prática educativa. São Paulo, Paz e Terra

FREITAS, D de. e VILLANI, A.  Formação de professores de ciências: um desafio sem limites. Investigações em Ensino de Ciências- V7(3), pp. 215-230, 2002

PIMENTA, S.G.; LIMA, M.S.L. 2004. Estágio e docência. São Paulo, Cortez Editora, 296 p.
PICONEZ, Stela C.B. (coord.) A prática de ensino e o estágio supervisionado. Campinas: Papirus, 2002.




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